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Call of Duty 2025: crise, burnout e decisões duvidosas

Fonte: Li sobre na GameSpot

O desempenho abaixo do esperado em 2025

Segundo o analista Rhys Elliott, da Alinea Analytics, a franquia Call of Duty vive um momento turbulento em 2025. Em entrevista recente, Elliott afirmou que a série está “underperforming” por uma combinação de problemas: desgaste da comunidade, decisões criativas e comerciais questionáveis da Activision/Microsoft e um ambiente competitivo mais acirrado do que nunca.

A pressão externa e o avanço dos concorrentes

Elliott cita diretamente Battlefield 6, Arc Raiders e até Fortnite, que acaba de ter uma temporada inspirada em Os Simpsons e lançou um elogiado Capítulo 7. Em suas palavras: “Xbox deixou a bola cair no pior ano possível — a atenção está escassa”.

Falta de inovação e compra automática

Outro ponto crítico levantado por Elliott é a sensação de “compra no piloto automático”. Mesmo reclamando da falta de inovação, muitos jogadores adquiriram Black Ops 7 simplesmente por hábito — até agora. Porém, a recepção mais negativa indica que a paciência pode ter acabado.

A estética que dividiu a comunidade

O analista reforça que a onda de skins estilo Fortnite e cosméticos “não militares” — como Beavis and Butt-Head e Nicki Minaj — alienou parte significativa dos jogadores, que preferem uma estética mais coerente com o universo militar de COD. Apesar disso, Warzone continua totalmente imerso nessa direção mais fantasiosa.

Minha opinião

A franquia Call of Duty precisa urgentemente se “des-Fifa-lizar”. A saturação é real, o desgaste é evidente e o excesso de cultura pop enfraquece a imersão. Não se trata de ser realista ao extremo, mas de coerência. Até gosto das missões mais psicodélicas dos últimos anos, mas COD precisa recuperar um pé no chão para manter sua identidade.

A crise em Black Ops 7

Entre os pontos mais criticados estão a campanha cooperativa, o uso de “AI slop” e o foco excessivo em microtransações — algo já recorrente na insatisfação dos fãs. No Steam, BO7 amarga avaliações negativas e review bombing.

Game Pass: aliado ou inimigo?

Elliott afirma que o lançamento de Black Ops 7 no Game Pass “canibalizou” as vendas tradicionais de preço cheio, citando que BO6 pode ter deixado de arrecadar US$ 300 milhões por estar no serviço.

Marketing fraco e falta de direção

Além da crise criativa, Elliott aponta que o marketing do jogo foi “fraco e subestimado”, especialmente quando comparado com a comunicação mais focada e comunitária de Battlefield e Arc Raiders.

Para o leitor

Você acha que sai COD demais e que existe um exagero na inserção de cultura pop e fantasia?